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Alienação parental é uma forma de abuso emocional na qual um genitor faz uma campanha contra o outro, programando a criança para reprimir a afeição que sente por ele e rejeitá-lo ou mesmo odiá-lo. É uma violação da obrigação fundamental do genitor, de promover e estimular uma relação positiva e harmoniosa entre a criança e o outro. A conduta sinaliza, em geral, fracasso na elaboração do luto conjugal; uma ruptura que deixou, como herança, sentimentos de abandono, rejeição e/ou traição, aliados a uma forte tendência vingativa, que faz com que se deseje afastar do(a) ex-parceiro(a) o filho de ambos, como castigo pela dor e pelas feridas emocionais por ele(a) deixadas. Nesta circunstância, em que o amor próprio ferido do homem ou da mulher suplanta o amor parental, as crianças não são consideradas nem sequer percebidas, servindo como mero instrumento da punição do outro, vítimas de uma violência quase invisível. É imprescindível que todos que labutam na Justiça das Famílias estejam despertos para o fenômeno, sabendo identificá-lo; mas, mais que fazer o diagnóstico, é importante que sejam desenvolvidos métodos para prevenir ou tratar os casos de alienação. O objetivo deste trabalho é apresentar formas de fazê-lo, sugeridas por especialistas do tema.